Sei que pertenço a talvez menos de um por cento da população mundial. Esse respeito que eu dedico aos outros eu quero que dediquem a mim também, eu também tenho direito de dizer que a crença religiosa não me atrai, que eu não consigo acreditar.
Tenho uma formação científica e acho que a explicação para a vida que a evolução dá, que a vida tenha surgido na Terra por acaso e tenha evoluído por competição e seleção natural, até chegar ao homem, com essa complexidade, com o cérebro que nós temos, por acaso totalmente, acho tão mais maravilhosa essa concepção da vida como absolutamente natural, do que a concepção da vida com um ser superior, com uma varinha mágica que fez aparecer o homem e a mulher.
Acho que outros pensam o oposto de mim, encontram mais beleza do outro lado, eu tenho total respeito. Eu acho que nós, ateus, começamos a sair dos armários e hoje temos coragem de dizer o que estou dizendo. Os ateus eram tidos como pessoas imorais, de mau caráter, pois o pensamento religioso que era o único pensamento que enleva o homem. Mas isso não é verdade, o homem pode se enlevar com pensamentos que não tem nada de religiosos.
Por Drauzio Varella, no programa “Sempre um papo”, 2009.
O direito de ser ateu
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