Portão de ferro, aldeia morta, multidão.
Meu povo, meu povo
Não quis saber do que é novo, nunca mais.
Eh! Minha cidade
Aldeia morta, anel de ouro, meu amor.
Na beira da vida
A gente torna a se encontrar só.
Casa iluminada
Portão de ferro, cadeado, coração.
E eu reconquistado
Vou passeando, passeando e morrer.
Perto de seus olhos
Anel de ouro, aniversário, meu amor.
Em minha cidade
A gente aprende a viver só.
Ah, um dia, qualquer dia de calor
É sempre mais um dia de lembrar
A cordilheira de sonhos que a noite apagou.
Eh! Minha cidade
Portão de ouro, aldeia morta, solidão.
Meu povo, meu povo
Aldeia morta, cadeado, coração.
E eu reconquistado
Vou caminhando, caminhando e morrer.
Dentro de seus braços
A gente aprende a morrer só.
Meu povo, meu povo
Pela cidade a viver só.
Por Milton Nascimento, Márcio Borges.
Os povos - Milton Nascimento
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10:19:00
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