Em seu estudo, percebeu que a maneira como cada pessoa lida com a linguagem representa uma posição social de quem fala, de quem escuta e de como é mantida a ordem estabelecida. Neste sentido, a habilidade no uso de palavras e construções, a correção gramatical, entre outros fatores, são ferramentas de poder.
O poder simbólico produz e confirma significados. Nas artes, a luta simbólica decide o que é erudito ou popular, o que é bom ou de mau gosto. a escola é um espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de capitais de uma geração para outra, é nela que o legado econômico da família se transforma em capital cultural, na forma de conhecimentos apreendidos, livros, diplomas, etc.
Bourdieu refletiu sobre o controle de um estrato social sobre outro, o que ele denominou por violência simbólica, legitimadora da dominação e posta em prática por meio de estilos de vida. Na escola, alunos são discriminados por de sua aparrência ou seus hábitos, como manifestação de sentimentos de superioridade de alguns grupos sociais em relação a outros.
Existe no mundo social estruturas objetivas que podem dirigir, ou melhor, coagir a ação e a representação dos indivíduos, dos chamados agentes. No entanto, tais estruturas são construídas socialmente assim como os esquemas de ação e pensamento, chamados por Bourdieu de habitus. Bourdieu tenta fugir da dicotomia subjetivismo/objetivismo dentro das ciências humanas. O momento objetivo e subjetivo das relações sociais estão numa relação dialética.
Uma das mais importantes questões na obra de Bourdieu se centraliza na análise de como as pessoas incorporam a estrutura social, ao mesmo tempo que a produzem, legitimam e reproduzem. Ele sempre se posicionou claramente contra o liberalismo e a globalização.
"Não há democracia efetiva sem um verdadeiro poder crítico."(Pierre Bourdieu)
Pierre Bourdieu e a educação
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