José Francisco Borges, mais conhecido como J. Borges, é xilogravurista e cordelista brasileiro que retrata a alegria e a dor do nordeste, de forma popular e com um tom de humor.
Nascido em Pernambuco, ele já ilustrou capas de cordéis, livros, discos, tendo reconhecimento mundial.
Nascido em Pernambuco, ele já ilustrou capas de cordéis, livros, discos, tendo reconhecimento mundial.
A literatura de cordel é um gênero literário popular escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos que são ilustrados com xilogravuras. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes.
Xilogravura é uma técnica de gravura na qual se talha uma madeira para que seja utilizada como matriz, possibilitando a reprodução da imagem gravada sobre o papel ou outro suporte. É um processo muito parecido com um carimbo, onde se utiliza um rolo de borracha embebida em tinta, tocando nas partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura.
No Brasil, um dos maiores expoentes dessa arte é J. Borges, que começou a trabalhar aos dez anos de idade na roça vendendo colheres de pau que ele mesmo fabricava. Logo tomou gosto pela poesia e começou a escrever folhetos de cordel de forma autodidata. Por não ter dinheiro para pagar um ilustrador, ele resolveu fazer por conta próprias suas ilustrações.
Em sua arte, ele sintetiza o universo cultural, religioso e mítico do povo nordestino, representando o cotidiano, a pobreza, os animais, o cangaço, os amores e as dores, a religiosidade, as fantasias, os milagres, os crimes, a corrupção, as festas tradicionais, a modernidade e todo um imaginário popular.
A xilogravura de J Borges
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