Cada pessoa está em seu tempo e espaço, buscando constantemente sua realização pessoal, e o uso pleno de suas potencialidades e capacidades para seu desenvolvimento intelectual e emocional, vivendo sua caminhada de seu modo particular, onde não existem modelos prontos ou regras de como ser.
O processo terapêutico consiste num trabalho de cooperação entre o psicólogo e a pessoa atendida, para possibilitar relação autêntica, promovendo o aumento da auto-estima e da auto-confiança, incentivando o amadurecimento psíquico de cada um.
Para que essa relação seja satisfatória, são necessárias algumas condições por parte do terapeuta, entre elas a aceitação incondicional - que significa considerar e aceitar o sentimento autêntico da pessoa, sem julgamento algum; a empatia - se colocar no lugar do outro, vendo o mundo com seus olhos, se aproximando ao máximo da compreensão do que ele sente; e a congruência - ser autêntico na relação com a pessoa atendida, expressando seus sentimentos e percepções.
O terapeuta respeita a pessoa tal como ela é, oferecendo condições para que possa se desenvolver em seu processo, aceitando e respeitando seus sentimentos em favor da autenticidade, dando ênfase ao sujeito como o papel central para elaborar a si mesmo, e ampliar a capacidade de ser.
Essa proposta se difere de outras concepções como a terapia comportamental ou a psicanálise, que muitas vezes focam no problema ou no passado da pessoa, buscando corrigir ou dar palpites sobre sua vida. A abordagem centrada na pessoa segue outro caminho, pois observa a pessoa com intuito de compreender seu sentimento presente, por meio da aceitação de como cada pessoa sente, caminhando de acordo com os interesses e com o ritmo da pessoa atendida e incentivando a sua autonomia.
O terapeuta procura compreender o que a pessoa sente e traz, compartilhando com ela o que compreendeu para que possa elaborar ao seu modo, respeitando seu tempo e momento, dando ênfase em suas experiências e sentimentos para o crescimento pessoal. Acredita-se que somente a pessoa sabe sobre ela mesma, e que ela tem poder sobre si mesma, ela que pode se desorganizar e se reorganizar de seu modo.
"Sinto-me mais feliz simplesmente por ser eu mesmo e deixar os outros serem eles mesmos." (Carl Rogers)
Texto por Bruno Carrasco,
psicoterapeuta que valoriza de cada pessoa em seu
modo de ser singular, colaborando para lidar com suas dificuldades e ampliar suas possibilidades de ser.
Abordagem Centrada na Pessoa
Revisado by tautonomia
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08:51:00
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