Gestalt-Terapia

Gestalt terapia

Gestalt-Terapia é uma abordagem terapêutica focada na percepção que cada pessoa possui da realidade e de si mesma, incentivando a conscientização de seus sentimentos e pensamentos próprios, valorizando e fato de vivenciar o momento presente no aqui e no agora, desenvolvendo um modo de ser autêntico na sua relação consigo mesma e com os outros.

Acredita que nossa concepção de realidade é criada pela maneira como interpretamos as nossas experiências e não pelos fatos que acontecem. A maneira que escolhemos encarar a vida implica na maneira como vivemos ela, as verdades que acreditamos são sempre verdades pessoais.

O processo terapêutico consiste em auxiliar a pessoa atendida a tomar consciência de seu sentimento presente e de suas percepções, de como elas moldam sua realidade, possibilitando assumir a responsabilidade por suas escolhas e incentivando o encontro e a criação novas escolhas que sejam satisfatórias para si.

De acordo com Fritz Perls, um dos criadores da Gestalt Terapia, a capacidade de entrar em contato com os sentimentos autênticos - emoções e pensamentos verdadeiros - era mais importante para o crescimento pessoal do que as explicações psicológicas. Para ele, o "porquê" dos comportamentos não tinha a menor importância, seu foco era o "como" ou "o que", ao invés de usar perguntas como "porquê você fez isso?", usava "como você fez isso?" ou "o quê você fez?", com a intenção de promover a consciência da pessoa dela mesma, de seus sentimentos, pensamentos e ações.

Essa terapia propõe uma mudança na hierarquia entre cliente e terapeuta, pois incentiva uma relação mais afetuosa e empática, onde o terapeuta trabalha em conjunto com o cliente, como um parceiro e apoiador, e não o como um detentor do saber, analisando com ar de superioridade.

Para assumir a nossa autenticidade, a pessoa é incentivada a reconhecer seus sentimentos e suas escolhas, percebendo melhor o que quer e o que não que. Podemos perceber esse processo na linguagem quando a pessoa usa o "não posso fazer isso", e passa a usar o "não quero fazer isso", ou, deixa de expressar algo como "eu preciso ir embora", por "eu quero ir embora". Com isso o indivíduo deixa claro que está fazendo uma escolha e assumindo a responsabilidade pelo que escolheu de maneira autêntica.

Nesse ponto de vista, percebemos que não estamos à mercê de coisas que "simplesmente acontecem", e qualquer tentativa de se ver como vítima perde o sentido quando reconhecemos que a maneira que vemos e experimentamos as coisas e a realidade são opções que escolhemos, e que não somos impotentes.

"Perca a cabeça e encontre as suas razões."
(Fritz Perls)

Texto por Bruno Carrasco, psicoterapeuta que valoriza de cada pessoa em seu modo de ser singular, colaborando para lidar com suas dificuldades e ampliar suas possibilidades de ser.
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